História

Embora o território municipal seja habitado desde tempos muito antigos por povos indígenas, em especial aos da etnia tupinambá, a historiografia tradicionalmente considera a ocupação aos primeiros estabelecimentos de origem colonial.

O município inclusive está nas áreas consideradas modernamente pela antropologia como parte da grande civilização amazônica dos Cacicados Amazônicos.

Primeiros contatos com os europeus

Os primeiros contatos dos indígenas com colonizadores europeus possivelmente se deu com a chegada do navegador português Duarte Pacheco Pereira à bacia do rio Amazonas no ano de 1498. Outros contatos com europeus se deram durante o século XVI.

pedra fundamental do município foi lançada pelos frades capuchos de Santo Antônio que fundaram, nas cercanias do ano de 1620, juntamente com os índios tupinambás, a Aldeia do Paru. Ela prosperou, inclusive quando uniu-se à taba dos índios do Rio Uacapari.

Construção de fortificações

Vendo a região desguarnecida, os neerlandeses, acompanhados de alguns ingleses, liderados por Pieter Adriaansz, construíram na proximidade da Aldeia de Paru, em 1623, o “Forte do Morro da Velha Pobre”. Foram repelidos pela incursão portuguesa liderada por Bento Maciel Parente, que os expulsou de volta para a Zelândia, nos Países Baixos. O forte neerlandês foi destruído.

Maciel Parente ordenou a construção de vários fortes na região, surgindo à época, o Forte do Desterro (atual Monte Alegre). Posteriormente, Francisco da Mota Falcão iniciou, em 1685, a construção de um forte na Aldeia do Paru, sendo que este só foi concluído mais tarde por seu filho, Manoel da Mota e Siqueira. Levantou-se, assim, o Forte do Paru, onde hoje está localizada a Praça do Relógio. Este foi um dos principais fatores do desenvolvimento do povoado Aldeia do Paru.

Elevação à vila e emancipação

O Governador e Capitão-General da Capitania do Grão-Pará e Maranhão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, por ato administrativo decretou a elevação do povoado à categoria de Vila em 22 de fevereiro de 1758, fato esse desfeito posteriormente no fim do período colonial com o advento da Independência do Brasil em 1822.

No Governo Provisório da República readquiriu status de Vila pelo decreto dstadual nº 109 de 17 de março de 1890[1][8] e status de Município pelo decreto dstadual nº 110 emitido em igual data.

Cabanagem em Almeirim

No período do movimento popular e político da Cabanagem, o então povoado de Almeirim foi invadido, saqueado e parcialmente destruído pelos cabanos.

Coronelismo

Na década de 1880, migrou para a região de Almeirim, o cearense José Júlio de Andrade, nascido em julho de 1862 na cidade de Sobral, atual Itapagé. Futuramente alcunhado Coronel Zé Júlio, veio residir com parente em BenevidesProvíncia do Grão-Pará, no ano de 1885, porém sua vontade de desbravar e auferir fortuna no interior da província lhe motivou a deslocar-se para a região de Almeirim, onde trabalhou com a extração da seringa, andiroba e castanha-do-pará, direcionados à exportação.

O Coronel casou-se em 1897 com a D. Laura Neno de Andrade, filha do Intendente de Almeirim na época, de quem ganhou o Título de Propriedade de uma vasta terra, sendo essa a primeira de várias outras terras que foram assimiladas aos seus domínios. Por volta de 1900 a 1930, ele já era o maior latifundiário da região nos municípios de Almeirim e Porto de Moz, no Estado do Pará, e nos municípios de Laranjal do Jari e Mazagão, no Estado do Amapá. Logo tornou-se também o comerciante local mais rico, comprando o título honorífico militar do Exército de “Coronel da Guarda Nacional“, palacetes nas cidades de Belém e Rio de Janeiro, e barcos a vapor (os principais Sobralense, Sobral e Duca Neno).

Elegeu-se Senador da Câmara de Belém com sucessivos mandatos. Foi um homem extremamente influente no campo político, social e econômico do Baixo Amazonas, sua residência localizava-se na Vila de Arumanduba, pertencente ao Município de Almeirim, nela havia uma avançada infraestrutura básica urbana como energia elétrica, botica, escola, centro recreativo, estação telegráfica, porto e igreja.

Perda e restauração da emancipação

Durante a Revolução de 1930 no Brasil, mais especificamente em 4 de novembro de 1930, Almeirim perdeu a condição de município e suas terras foram adidas ao município de Prainha; sua emancipação somente foi restaurada em 24 de novembro de 1930, através do decreto estadual nº 16.

A lei estadual nº 5.075, de 2 de maio de 1983, criou o distrito municipal de Monte Dourado, uma subdivisão administrativa.

Década de 1960 – presente

Em 1967 é dado início ao megaempreendimento “Projeto Jari“, idealizado pelo bilionário norte-americano Daniel Keith Ludwig. Ele mandou construir uma fábrica de celulose no Japão, na cidade de Kobe, que foi transportada para as proximidades do atual distrito de Monte Dourado.

No final da década de 1970 o projeto começou a extração e a exportação de bauxita e caulim, numa altura em que a infraestrutura do empreendimento passou a contar com um moderno porto e de ferrovias, além de uma bem estruturada company town.

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